sexta-feira, 3 de março de 2017

Diminuindo as Compras por Impulso


Desejar coisas é uma condição inerente ao ser humano. É compreensível querermos ser capazes de comprar tudo o que nos der na telha, seja por necessidade, por lazer, por terapia etc. Eu disse que é compreensível querer, não que é algo que deva ser feito. Tenho dois motivos bem simples pra isso: 1) essa querência toda não tem fim e por mais dinheiro que a pessoa possa ter um dia ela quebra se simplesmente desejar comprar tudo o que lhe vem à mente. 2) Não saber dominar as vontades é um indicativo de compulsão e compulsões surgem quando as coisas na vida não estão indo bem. Segue meu exemplo biográfico: sempre que me chateava no trabalho ia jantar sozinha no shopping e essa janta nunca era saudável (ou econômica). E como eu estava no shopping, sempre via uma brusinha que me cairia bem, uma bolsa, um perfume... ou seja, eu passava o dia me chateando pra ganhar x e saía do trabalho frustrada para gastar x + 2. Qual a lógica disso? 

Esse tipo de alimentação e de compra eu não faço mais. Não digo isso me sentindo a fodona não, na verdade eu me sinto a fudida por só ter percebido isso tarde. Mas como nunca é tão tarde para mudar hábitos, resolvi adotar alguns para afastar de vez os gastos por impulso:

1- Saber extamente quanto recebo por hora trabalhada, já tendo descontados os roubos impostos etc. Se hipoteticamente eu ganho 10 reais por hora, por que deveria comprar irresponsavelmente algo que me custaria 10 horas trabalhadas? Poxa, meu trabalho não é a coisa mais divertida do mundo para que eu possa ficar jogando fora as horas produzidas com bobagens.

2- Ter uma wishlist. No meu planner eu tenho uma divisão onde faço uma lista mensal de coisas que gostaria de comprar. O que preciso, o que quero, o que sei que é supérfluo, todo o tipo de coisa. Desejar e escrever é de graça, portanto me dou ao luxo de listar qualquer porcaria e estimo mentalmente quanto essa coisa vale. Aí eu comparo com o meu recebido por hora e etnão desisto da compra. As coisas que aparecem repetidamente nas listas são as que de fato quero/preciso e aí sim eu compro numa boa. 

3- Ter metas. Sabendo que estou evitando gastos porque quero, por exemplo, ir à Disney nas próximas férias vai me manter seletiva em relação às coisas que compro porque sei que o sacrifício é por um bem maior. E, honestamente, comprar dessa maneira nem é um sacrifício. É um respeito ao bolso, ao dinheiro que entrou nele.

Desde que comecei a enxergar as coisas dessa forma meus gastos ficaram mais enxutos e a grana passou a acumular. Grana acumulando propicia a compra de ativos, que fazem mais grana. É um ciclo virtuoso que se inicia lá atrás naquela compra boba que você evita de fazer. 

Mais dicas para evitar compras por impulso serão bem-vindas. Um abraço!

2 comentários:

  1. Compras por impulso são bem complicadas! Principalmente quando aparece aquela promoção rsrs...

    Parabéns pelo post!

    Abraços

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    Respostas
    1. Olá, Investidor Persistente!

      Foi por isso que passei os meses de jan/fev sem pôr os pés no shopping. Os decontos pós Natal são ótimos, mas ainda assim comprar sem precisar (o que é meu caso) mesmo que seja 1 real é desperdício.

      Um abraço!

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Não fale com os outros o que não gostaria que falassem com sua mãe.