quarta-feira, 1 de março de 2017

A Importância de Ter um Colchão de Segurança - Jocasta

Minha filhota dodói.

Jocasta é o nome da minha gata. É uma senhora de aproximadamente 12 anos: metódica, desconfiada, ranzinza e muito, muito braba. Ela nem sempre foi minha: era da minha vizinha, cujo filho judiava da gata e por isso a bicha ficou da pá virada. Ela é super na dela, mas se você der carinho por mais tempo do que ela acha que deve, vai te arranhar e vai dar no pé. Ela não gosta muito de ser tocada. Ela veio morar comigo porque já adotei 2 gatinhos de ninhadas que ela teve, os gatos morreram com o tempo, a vizinha adotou um cachorro e ela não se adaptou a isso, resolveu morar aqui em casa e isso já faz uns 9 anos.

Faz um ano e meio ela teve um abcesso. Ele secou por si só e como nada na rotina dela mudou, consideramos uma coisa que não teria problemas. Parecia um furúnculo, que estourou umas duas vezes nesse tempo e secou. Só que ontem de manhã ele estava bem feio, virou um buraco e a gata ficou amuada. Passou o dia pra baixo e resolvi que a levaria hoje ao veterinário. Antes de dormir ontem dei uma olhada no buraco e vi uns bichinhos nela. Levei ao veterinário na mesma hora, isso quase às 23h.

Obviamente liguei para a clínica mais próxima e confirmei que haveria veterinário, etc. Qual foi minha surpresa quando cheguei na clínica e fui pessimamente recebida pelo assistente e a veterinária me fala que como minha gata é braba e ela tinha uma emergência oi? em momento algum isso foi dito nas 3 ligações que fiz  só poderia atendê-la hoje de manhã. Quase enfiei a mão na cara daquela vaca! Só nao fiz porque estava com meu pai, ele é um lord. Ok, eu não ia dar na cara de ninguém, mas que eu xingaria, xingaria. Conformei-me em respirar fundo e olhar para a lazarenta com ódio e lá fomos nós pegar o segundo Uber da noite...

Fomos à outra clínica, mais longe. Essa clínica era a primeira opção, dado que já tinha ouvido falar muito bem dela, mas como não queria me deslocar com a gatinha para mais longe (ela miava tanto no carro, coitada!) optei pelo outro chiqueiro médico.

Na segunda clínica fomos muito bem recebidos e após uma sessão de exorcismo, os veterinários tiraram os bichinhos dela (os malditos se proliferaram e cresceram por volta de DOIS FUCKING dias), aplicaram uma injeção para dor, recomendaram uma lista infinita de medicamentos, além do colar elisabetano. Quando chegamos, Jocasta já estava mais animadinha, até comeu um pouco. Passei a noite quase em claro, com ela no quarto em observação. Está putíssima porque está confinada em casa, mas a vida é isso, assim ela cura logo.

Ah, sim, o colchão de segurança do título do post? Foi dele que banquei todos os gastos, que não foram poucos. Adeus viagem no feriado de Tiradentes! Tudo pelo bem das crianças.

4 comentários:

  1. Poxa, que situação. Tá aí a importância de ter uma grana pra resolver os imprevistos.
    As vezes fazemos planos e em um piscar de olhos a dinâmica da vida da aquela chacoalhada ou vira tudo de ponta cabeça e temos que ter a cabeça no lugar para colocar tudo nos trilhos novamente.
    Só não entendi o motivo pelo qual você contava com esse dinheiro para uma viagem... de qualquer forma, melhoras para a Jocasta!

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    1. Era uma grana extra que eu havia depositado num CDB de liquidez diária pra eu fazer uma viagem curta em abril, foi dele que resgatei pra pagar a consulta e todo o resto. Eu nem reclamo, me sinto bem por poder cuidar dela, é triste ver o bichinho sofrer e não ter o que fazer.

      Jocasta diz obrigada ^^

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    2. Ah sim, é que eu entendo como colchão de segurança = dinheiro para emergências, que foi o caso da Jocasta. Porém esse dinheiro da emergência era o mesmo que você contava para a viagem? Esse foi o ponto da dúvida, mas imagino que independente do proposito, foi útil ter aquela grana ali disponível.

      Tem uma mulher perto de casa que adota gatos de rua, ela não consegue negar ajuda. Porém tem que arcar com todos os gastos e aguentar a ira dos vizinhos. Esse mês pretendo ajudá-la com algum mantimento para os felinos. É bom poder usar um pouco do patrimônio que acumulamos para ajudar os outros de alguma forma.

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    3. Ah, eu não expliquei bem: tanto o colchão quanto gastos pra curtíssimo prazo ficam no CDB.

      Minha vizinha, real dona da Jocasta é uma protetora de animais, exatamente como essa sua vizinha. É sempre bom ajudar, sobretudo quando se tem 100% de certeza que a grana doada está sendo bem empregada. Ajude ela, sim.

      Um abraço!

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Não fale com os outros o que não gostaria que falassem com sua mãe.