sábado, 18 de março de 2017

Que Geração Chata! - Parte 2

Olá, olá.

Dando prosseguimento a esta postagem, sigo agora falando de como lido com ~certos millennials~ e uma figura ainda pior do que eles: seus pais. Os pais dos millennials, eu não sei porque acontece, sofrem de uma espécie de culpa, um complexo de "oh, meu Deus não tenho tempo para passar com meu filho então vou arregar pra ele" que me irrita litros. Com isso, vejo um bando de gente frouxa que não consegue estudar e trabalhar ao mesmo tempo (mas tem tempo pra passar o dia inteiro com o traseirinho sentado jogando ou de bate-papo no whatsapp) e que larga as coisas na primeira dificuldadezinha que tem. Eu não sou muito persistente. Eu perco o encanto das coisas muito facilmente. Inicio um projeto e logo depois largo pra lá. Entretanto, eu (e muita gente que tem noção) não largo coisas que me beneficiam: um curso pra eu me aperfeiçoar, um trabalho pra eu poder comprar minhas coisas. E o que mais vejo é gente que larga o curso de idiomas porque fica muito cansada de ir estudar depois do trabalho - ou pior! - da escola. "É muito sacrificante, tadinho. Ele não está acostumado com essa rotina", me diz a mãe com aquele tom de voz de pena. Como resultado, o cara nunca vai poder passar por mudanças na rotina ou por turbulências porque ele não está acostumado, coitadinho

Para piorar, tem aquela gente nem-nem: nem trabalha nem estuda. Não trabalha porque quer se qualificar para um emprego melhor, não estuda porque não tem como pagar porque não trabalha e segue o loop. Claro que há a recessão e uns dos mais afetados são justamente os que estão em busca do primeiro emprego, mas os nem-nem já existiam muito antes disso. E, adicionalmente, em uma crise, dependendo do tipo de emprego, contrata-se mais pessoas inexperientes justamente por elas serem inexperimentes e não custarem tão caro quanto um funcionário mais qualificado. Provavelmente este não será um cargo maravilhoso, mas é uma colocação. E para quem nunca trabalhou quase qualquer colocação é lucro, pois trará experiência e uns trocados que poderão ser gastos sem ter que pedir pro papai. 

O problema é que os millennials não querem ralar. Não querem passar por privações, frustrações e preocupações. Essa é a geração do "palavras machucam". É a geração dos pais que se sentem culpados por estarem ausentes. É a geração do Merthiolate que não arde. É a geração do politicamente correto, também. Problematiza a coisa toda no Facebook, mas é incapaz de entender que quando a gente paga o INSS, essa grana não vai pra nossa conta e sim pra pagar os aposentados de hoje e que quando nos aposentarmos pode ser que simplesmente não haja gente suficiente trabalhando pra pagar nossa conta, para dar um exemplo atual. É a geração que o discordar é discurso de ódio. 

Deus sabe o quanto eu me fudi pra conciliar faculdade, trabalho e cursos. Não estou me engrandecendo por isso, não, até porque estudo feito um asno e até hoje não fiquei rica hahaha. Estou só explicando que, se fazendo isso tudo já é difícil, imagine sem fazer!

Isso tudo é um desabafo de uma millennial que detesta - seria isso um discurso de ódio? - essa geração mimizenta de gente preguiçosa (Y) e que está sendo seguida de uma geração ainda pior (Z) porque esses danadinhos já nasceram colados no celular. É óbvio que há pessoas maravilhosas em todas as gerações e eu seria injusta de dizer que todo mundo que nasceu a partir de 1990 é acomodado. E, como disse antes, a atitude de certos pais contribui para que muitos dos millennials sejam esse poço de sensibilidade e languidez (palavras fofas para 'frescura' e 'preguiça').

Agora que fiz essa ressalva, posso sumarizar tudo: oh, gentinha chata!

6 comentários:

  1. Ola, obrigado pela citação. Vou lhe adicionar ao meu roll de amigos do Blogger. Um abraço

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    1. Olá, CF!

      Por nada, o seu post foi muito bom e me inspirou. Obrigada por me adicionar!

      Um abraço :)

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  2. Geração leite com pêra. Gostei tanto do texto que deu vontade de bater em alguns pais.

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    1. Olá, Einstein!

      Olha, certos pais deveriam participar de algum tipo de terapia para tirar essa culpa que sentem porque isso não é nada saudável.

      Um abraço :)

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  3. Concordo com tudo que você falou.

    Queria descrever algo bizarro que vejo ultimamente.
    Há algum tempo que os "jornalistas" do Jovem (velhaco) Nerd veem fazendo reportagem para agradar minorias. Então por curiosidade fui ver os comentários. E para minha surpresa, ou não, os mimizentos estão tentando até criar a separação dos verdadeiros e falsos nerds. Dizendo que os nerds sempre foram uma minoria e que deveriam agradecer pelos LGBTs estarem lutando também pela causa. Hã?! E o pior, falando quem é contra isso não é nerd de verdade.

    Nerd de verdade apanhava, fugia, dava porrada e era zoado por todos na escola, às vezes não estava nem aí, às vezes caia na porrada pra se defender. Não se juntavam com grupinhos de fracassados que choram por proteção estatal.

    Está muito bizarra essa geração.

    Acho que só uma 3ª guerra mundial desafrescalhar esse pessoal.

    Nas redes sociais jogue uma bomba assim: Pode ser gay,só não pode ser fresco. Nesses grupos pra ver a choradeira.

    Abraços.

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    1. Olá, PS!

      Entendo bem essa onda que tem havido nas redes sociais. É o movimento negro, o movimento feminista, o movimento LGBT, o movimento de não-sei-das-quantas que vai se definir como fraco e oprimido e se você não concorda você fascista, machista, maquinista, taxista, telefonista - qualquer coisa 'ista'.

      Essa gente chora muito! Pra te dar um exemplo, eu curto a página "Legado da Copa". Sempre havia a brincadeira do 'lei de gil' - o melhor meme da página. Hoje em dia não se pode mais brincar com isso porque magoa... Aff.

      Um abraço!

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Não fale com os outros o que não gostaria que falassem com sua mãe.